Amigos, sempre eles.
Resolvi - a essa altura do campeonato, dane-se se é tarde, nunca é tarde pra uma festa boa - dar um Feijão pra comemorar a minha casa nova. Nada mais baiano: com direito a violão, vinho, muita cerveja, e muitas risadas. Tudo muito sadio, próprio do meu povo que anda comigo.
Meus amigos TODOS vieram. Eu falo de amigos. Os que não vieram tão mais pra colegas, mesmo. Mas quem eu chamei e pôde vir, fez um esforcinho, e veio. Me senti cheio de lisonja. Como ia trabalhar, deixei a casa com dois amigos. Um, ficou desde ontem, de vigília praticamente. A outra veio de manhã cedo. 'Cuidem da minha casinha', era a minha palavra de ordem. Pois cuidaram.
Cheguei cedo do trabalho, liberou mais cedo que pensava, glória a Deus. Ô... nem queria!
Meu Deus, que bom: definitivamente, eu tenho amigos. Eles dois deixaram minha casa não só um brinco, como a redecoraram, colocaram tudo em ordem, coisa mais linda. E ainda com o aroma de feijão no ar, no ponto, gostoso como casa nova. Os danados me receberam, a casa como se fosse deles, o que me fez rir bastante.
Foram vindo aos poucos. E foi violão, esquete de teatro, piadinha, música, risos, beijos, cheiros e fotos, até o cair da noite, até o levar no ponto de ônibus e ensinar qual o que se deve pegar. Lisonja, carinho, muito riso e satisfação. Aliás, rir foi o que mais fiz. Alegria que perdura até hoje, dois dias depois. Assim como até hoje, perdura alguma louça suja na pia. Resquícios de festa boa e aconchegante.
Nunca lavei panela de gordura com tanta satisfação.